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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Maria Thereza Alves

Maria Thereza Alves 
São Paulo, 1961. Vive e trabalha entre Berlim, Alemanha e Roma, Itália

“Sobre a Importância das Palavras, Uma Montanha Sagrada (roubada) e a Ética das Nações”, 2009-2010
Maria Thereza Alves dedica sua produção artística a formas alternativas de conhecimento que, combinando arte e ciência, são capazes de promover engajamentos e mudanças reais em contextos sociais minoritários. Na 29a Bienal de São Paulo, a artista apresenta uma etapa importante de sua luta em favor da manutenção da língua e da cultura dos Krenak, povo indígena brasileiro hoje reduzido a uma comunidade de 600 pessoas, divididas entre Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Maria Thereza acaba de concluir a tradução para o português de um dicionário Krenak-Alemão feito no século XIX, pelo expedicionário Bruno Rudolph, e hoje mantido como meio mais rico de acesso ao vocabulário e às tradições desta comunidade indígena ora populosa e disseminada no território brasileiro. 
O dicionário Krenak-português assume camadas geracionais de tradução entre colonizados e colonizadores e reestabelece um elo mais próximo entre a herança histórica deste povo indígena e seus poucos representantes na contemporaneidade. Com tiragem de 1.000 exemplares, o dicionário ficará disponível para consulta na Bienal, num ambiente de pesquisa e rememoração, que também conta com dois videos, uma foto da montanha sagrada dos Sete Salões (MG) e uma petição pública. Depois da mostra os exemplares do dicionário serão distribuídos para uso dos Krenak.


FONTE: Perfil da Bienal no Facebook

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