As obras de Carlos Garaicoa exibem um conceitualismo de forte impacto visual que explora a arquitetura, o urbanismo, a narrativa, a história e a política como metáfora dos potenciais e ideais utópicos do século XX. Toda matéria é válida como suporte de uma idéia: a foto, o vídeo, a pedra, o fio, o prego, o vidro, a mesa, o papel, o arame, a luz, o livro, a bala, a água, a palavra, o homem e a sua criação.
Este é o caso das duas peças criadas especialmente para a ocasião: a série “Notícias Recientes” mostra fotografias impecáveis de fachadas de prédios residenciais do Rio de Janeiro e reproduz o impacto de uma bala na fotografia. No mesmo espírito, a instalação sem título, criada durante a estadia do artista em 2006 no Rio, constrói com livros de arquitetura e urbanismo brasileiros uma maquete da cidade que também é atingida por balas perdidas. Sem dúvida, as duas peças reproduzem a realidade de uma cidade dividida entre seus mundos antagônicos e que tem na violência o ponto de encontro.
“Para mim a arquitetura é uma forma de debater questões que outros artistas debatem por meio da pintura e da escultura”
Suas obras são carregadas de comentários provocativos, tais como a habilidade da arquitetura de alterar o curso da história, a falha do modernismo como um catalisador para a mudança social, a frustração e a deterioração das utopias do Século XX
No Brasil, sua obra é conhecida pela presença em algumas edições da Bienal de São Paulo e na exposição Arte de Cuba, realizada em 2006. O artista tem uma estreita ligação com o país, onde costuma passar largas temporadas, fazendo intercâmbio com os amigos e artistas Ernesto Neto, Vik Muniz, Rosângela Rennó, Cildo Meireles, Adriana Varejão, dentre outros.
Oficial ----> http://www.carlosgaraicoa.com/
Trabalhos e mais informações
http://www.galleriacontinua.com/english/artista.html?id_artista=6&s=opere
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