Jonathas de Andrade nasceu em Maceió e atualmente vive em Recife. Trabalha com instalações fotográficas, ações e pesquisas urbanas. É graduado em Comunicação Social pela UFPE (2007).
Participou da 7ª Bienal do Mercosul (2009). Realizou exposições individuais no Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Furnas Cultural (Rio de Janeiro), Instituto Cultural Banco Real (Recife), Fundação Joaquim Nabuco (Recife). Publicou a coleção Amor e Felicidade no Casamento, em co-autoria com Yana Parente (2008).
Exposições individuais: Ressaca Tropical, Instituto Cultural Banco Real, Recife (2009); Amor e Felicidade no Casamento, Itaú Cultural, São Paulo, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, e Instituto Furnas Cultural, Rio de Janeiro (2007-2008). Outros projetos. Condução a deriva; documento latinamerica, projeto em curso desenvolvido com bolsa em artes visuais da Funarte e do Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (2009). Publicação de coleção de fascículos Amor e Felicidade no Casamento, livro de artista em fascículos em parceria com a designer Yana Parente (2008). Recenseamento moral da cidade do Recife, pelo SPA das Artes, Recife; Projeto de intervenção urbana com pesquisa e mapeamento moral da cidade, Recife (2007); Retrato do Inverno Anterior, ação e exposição, no festival de inverno de Garanhuns (2006). Desaparecimento da luz, Spa das Artes, Recife (2006). Instalação no Ed. Western, no bairro Recife Antigo (2006). Atualmente desenvolve o projeto Condução a deriva; documento latinamerica, através de um prêmio concedido pela Funarte e pelo Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (2009).
O mais encantador na arte de Jonathas de Andrade é como ele desvela suas idéias no campo das imagens. Seus trabalhos traduzem inquietude, busca por tempos e memórias que parecem encontrar o lugar certo em Jonathas. Dono de um olhar sensível e refinado, seus ensaios operam o olhar poético e seus processos de investigação, de tomada de decisão de como reaver histórias, afetos, instâncias de proposições ou apenas a busca pelo que a fotografia pode trazer à nossa razão. “Amor e Felicidade no Casamento” e “Ressaca Tropical” são trabalhos sutis, elaborados com a delicadeza de quem tece o tempo sem medos de revirá-lo e buscá-lo.
A relação deste artista plástico com a fotografia é determinante como ferramenta para suas construções criativas. Sobre essa escolha, explica: “A fotografia me possibilitava a aproximação em outros campos e interesses; era pretexto e caminho para ações, pesquisas, instalações, intervenções, processos de envelhecimento sobre o papel, etc. Assim, antes de fotógrafo, tratava-se de ser artista, onde podia experimentar, ser também pesquisador, recenseador, escultor, documentarista, arquiteto, tudo por aproximação ou ficção”. As “manobras” que Jonathas de Andrade vislumbra provocam reflexão e acuidade de contemplação para que possamos nos inserir em sua vasta arqueologia documental, social, de pessoas (às vezes criadas outras nem tanto), fatos e condutas. Jonathas nos cerca de insurreições imagéticas que sugere o limite tênue e complexo entre real, referente, associação, interpretação e retóricas. O resultado fotográfico não é tão somente o que vemos, mas, sobretudo as esferas simbólicas articuladas pelas motivações de Jonathas. Afinal, para ele: “Fotografar é tanto fluido e espontâneo, como rígido e metodológico. Depende do olhar que eu assuma no momento, do que o contexto me traz, do que ele me incorpora”.
Por Georgia Quintas, fevereiro de 2010.
Fontes: http://www.olhave.com.br/perspectiva/?p=411
http://www.bienalmercosul.art.br/7bienalmercosul/es/jonathas-de-andrade
http://www.carolleaes.com/blog/?p=3
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