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domingo, 20 de junho de 2010

Ronald Duarte

Ronald Duarte

04.09.2008

http://www.iberecamargo.org.br/content/revista_nova/reportagem_integra.asp?id=260

Ronald Duarte de Oliveira

O artista vencedor da Bolsa Iberê Camargo 2008 para o Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Artística, em Portugal, foi Ronald Duarte de Oliveira. O artista propôs ações de intervenção urbana, compostas por três projetos: Banho de Luz, em que pessoas manipularão espelhos, posicionados nos lugares mais altos do Porto, e trocarão reflexos; Alvo Fácil, no qual um alvo será construído com galões de petróleo, que queimarão durante 10 dias; e, Nimbo/Oxalá, em que artistas vestidos de branco e carregando extintores de incêndio formarão uma mandala.

Ronald tem 45 anos e nasceu em Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro. Em 1986, ingressou na Escola de Belas Artes da UFRJ e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. De lá para cá, Ronald já participou de mais de 50 exposições coletivas e cinco individuais.

A maior parte do trabalho de Ronald acontece na cidade. “Posso afirmar que o meu trabalho foi se definindo na relação direta com a cidade e na rua na Baixada Fluminense. Nessa época, realizei vários trabalhos com objetos encontrados nas ruas da cidade. Esse foi o começo de uma pesquisa que foi culminar no mestrado”, diz.

Ronald entrou na pós-graduação em Linguagens Visuais/ História da Arte, na UFRJ, em 1996. “Foi um divisor de águas na minha trajetória, em que pude perceber a intimidade que eu já tinha com essa arena ou palco que é a urbe. É quando eu praticamente me distancio das manufaturas ou da construção de objetos para radicalizar nas ações urbanas ou rurais (ecológicas) e nas construções dos aparatos ou dispositivos das ações que quase sempre são efêmeras”, explica.

Apesar de a cidade ser o foco principal de Ronald, seus trabalhos guardam traços do desenho, presente desde o início de sua trajetória. “O desenho sempre foi a base de tudo para mim, do pensamento, da criação; logo tenho a necessidade de desenhar enquanto penso. É uma espécie de materialização instantânea, imediata, que vem... e eu vejo no espaço”, analisa. Nessa linha de trabalhos estão Traçantes, 2003, Festa de São João, realizado no MAC Niterói, em 2005, e Tatuagem Urbana, de 2007.

Um elemento recorrente no trabalho de Ronald é o fogo. Ele é a base de Fogo Cruzado, de 2002, e Língua, de 2004. “Foi Lygia Pape quem me apresentou Heráclito de Éfeso e os seus 136 logos. Foi assim que percebi a presença do fogo, os seus fundamentos ritualísticos e os seus significados – força e ação. O fogo é o início e o fim da matéria”, conta.

Outros elementos da natureza também chamam a atenção do artista e se refletem no seu interesse pelas questões Afro-descendentes. “Acredito na força da cabeça, na força da natureza, da terra, do fogo, dos ventos, das pedras, das águas, das matas, do ar; como na física quântica – ‘o bater das asas de uma borboleta no Brasil, pode criar um maremoto no Japão’. Assim movimento as energias que estão próximas, ao alcance da mão, como em Alvo Fácil”, explica.

Nesse momento, além de se preparar para a viagem a Portugal, Ronald está trabalhando em dois
novos projetos: Desculpe o transtorno – estamos em obras, em que pretende encapar uma agência bancária da mesma forma como se tapam prédios em construção, mas com imagens de favelas cariocas nas lonas; e Curto Circuito, em que homens uniformizados descarregarão solda elétrica em chapas de ferro para produzir luz. “Trata-se da transformação direta de energia em luz com a ação humana, sem a necessidade de soldar nada”, finaliza Ronald.
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Ronald Duarte transforma embalagens de refrigerante em arte

Está em cartaz, na Galeria Mário Pedro do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a mostra Durante o Túnel, com curadoria de Lygia Pape.

A mostra, que termina no dia 23, apresenta os trabalhos do artista plástico Ronald Duarte. Há 10 anos, o artista escolheu o PET(poliéster terefitalado), ou seja, as embalagens plásticas de refrigerantes, como matéria-prima para suas obras de arte, esculturas e instalações.

Ronald Duarte foi pioneiro na utilização deste material nas artes plásticas. Segundo ele, o PET foi escolhido por suas propriedades físicas: brilho, transparência, flexibilidade,resistência








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