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domingo, 20 de junho de 2010

Juliana Stein

"Nasci em Passo Fundo/RS em 1970. Formei-me em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná em 1992, depois disso vivi em Veneza e Firenze por dois anos onde estudei história da arte, desenho e técnica de aquarela. Comecei a fotografar no final dos anos noventa. "



Exposições:
2010 - Biennial of Quebéc/Quebéc/Canada                                            
2010 - Kaunas Fhoto Festival of Light/Kaunas/Lithuania                      
2009 - Encontros da Imagem /Braga /Portugal   
2009 - Bienal Vento Sul /Curitiba /Paraná / Brasil                                   
2008 - Fundação Cultural de Curitiba / Curitiba / Brasil
2007 - Museu de Arte Contemporâne / 62º Salão Paranaense / Curitiba/ Brasil
2007 - Fondazione Triennale di Milano / Milano / Italy
2005 - Carreau du Temple / Paris / France
2003 - Imagética -Fundação Cultural de Curitiba / Brasil
2003 - Fundação Cultural de Curitiba / Curitiba / Brasil
2003 - Festival Internazionale di Roma / Roma / Itália
2003 - PhotoEspana Festival / Madrid / Spain
2003 - Itaú Cultural/exposição itinerante / Brasil
2002 - Itaú Cultural/São Paulo / Brasil
2001 - LangenloisM21 Project / Austria
2001 - Funarte / Rio de Janeiro / Brasil
2000 - III Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba / Brasil

Prêmios:
2001 -Itaú Cultural
Publicações:
FOTOGRAFIA NO BRASIL – FUNARTE/2004
MAPEAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO EMERGENTE – 2001/2003
Acervos:
Museu da Fotografia de Braga, Braga, Portugal
Museu de Arte Contemporânea, Curitiba, Brasil
Museum of 21 Century, Langenlois, Austria
Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, Brasil

“Exposto na Bienal Internacional de Fotografia em Curitiba, em Curitiba, as fotografias de Juliana Stein  mereceram a atenção especial do diretor da Maison Europ`eene de Photographie, Jean François Couvreur e de Philipe Dubois, crítico de fotografia, professor da Universidade de Liége e mestre de conferências da Universidade de Paris. De acordo com Philipe, as montagens e justaposições de Juliana criam um efeito, ao mesmo tempo plástico e ideológico. O que se vê não é explícito. É interessante ver alguém que não pensa a fotografia apenas como imagem, afirmou o crítico. Segundo ele, existem duas tendências importantes na fotografia brasileira, uma ligada ao social e político e outra, mais plástica, onde o social é secundário. Para Philipe, no trabalho de Juliana existe um ponto de equilíbrio entre as duas tendências.” 

Tribuna da Imprensa  18.01.2001 / Rio de Janeiro.



No começo de suas considerações melancólicas sobre a fotografia em A Câmera Lúcida, Roland Barthes menciona a noção lacaniana do tuché, se referindo ao que te toca, ou melhor, a essa realidade que literalmente te tortura, motivo que desenvolverá com a dualidade de punctum/studium.
Sem dúvida a obra de Juliana Stein me concerne e, sobretudo, conseguiu me seduzir emocionalmente.
Seu olhar está dotado de uma sutileza extraordinária, mas também de uma contundência inusitada.
Seja em sua impressionante série sobre prisões na qual os pequenos detalhes, os restos e as marcas recuperam toda a liderança ou em sua aproximação à loucura, demonstra que tem uma maturidade criativa total.
Talvez toda a obra de Juliana Stein seja uma reconsideração do gênero da natureza morta, mas implicando ao sujeito em uma situação metaforicamente “esburacada”, quando o delírio se apoderou do mundo e somente o poético pode opor alguma resistência.

Fernando Castro Florez,  maio de 2010



A Fotografia de Juliana Stein
Pose que vira flagrante. E vice-versa.
Uma 3x4 ampliada e colorida em escala metafísica.
Surgidos de um longo corredor cinza-roxo de maternidade,
réplica geométrica do percurso vaginal, aí estão eles e elas:
ECCE OMO
ECCE PUER
ECCE MATER
A mãe apresenta o(a) filho(a), que a apresenta.
Uma foto oficial para carteira de identidade, de corpos inteiros.
A foto não é oficial, apesar da padronização: é social.
Quem acaba de dar à luz apresenta-se diante de uma
câmera que dá a luz a quem dá a luz, indolormente, muitas vezes.
A carne vira signo, que vira espírito, que é essa coisa
a que chamamos significado.
Photon.
A câmera dá à luz a todos e todas. E sua parteira se chama
Juliana Pais e Mães. Ou Juliana Stern (estrela) em lugar de
Juliana Stein (pedra).
Décio Pignatari, maio de 2009


Nas salas do Museu da Fotografia Cidade de Curitiba encontra-se a mostra Caverna, da fotógrafa Juliana Stein, formada por 30 imagens com dimensões variadas, que propõem explorar experimentalmente as relações com nossos semelhantes. A artista sugere um jogo de aproximação e afastamento com questões como o desejo.
Link para a série “Caverna” http://julianastein.com/portugues/galeria-interna-13.html

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