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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Marlene Dumas

 Marlene Dumas nasceu em 3 de agosto de 1953 na Cidade do Cabo, Africa do Sul.

Estudou na uiversidade da Cidade do Cabo entre 1972 e 1975 emigrando depois para a Holanda. Atualmente vive em Amsterdam.

A artista combina elementos do expressionismo com arte conceitual em aquarelas e óleo sobre tela, e o objectivo do seu trabalho consiste em mostrar a relação que existe entre a arte, modelos femininos e até pornografia.

O ponto de partida para o seu trabalho são as fotografias Polaroid dos seus amigos e amantes, muito embora faça referências a revistas e material pornográfico.

Marlene Dumas também pinta retratos de crianças e cenas eróticas de impacto na arte contemporânea.
Dumas nos deixa com uma crítica da política e da identidade.

Eu pinto porque sou mulher. (É uma necessidade lógica.)
Se pintar é feminino e insanidade um mal feminino,então todas as pintoras são loucas e todos os pintores são mulheres.
Eu pinto porque sou loira artificial. (As morenas não têm desculpa.)
Se toda a boa pintura é acerca da cor,então a má pintura é acerca de ter a cor errada.
Mas as coisas más podem ser boas desculpas.
Como Sharon Stone disse: “Ser loira é uma boa desculpa.Quando se está a ter um mau dia sempre se pode dizer: não posso fazer nada, estou apenas sentindo-me muito loira hoje”.
Eu pinto porque sou uma rapariga da província (Raparigas inteligentes e talentosas das grandes cidades não pintam.)
Eu nasci numa fazenda de vinho na África do Sul. Quando era pequena desenhava raparigas de biquini para hóspedes masculinos, nos seus maços de cigarros. Agora sou mãe e vivo noutro lugar que me faz lembrar muito uma fazenda. Amsterdam. (É um bom lugar para pintores.)Tenho pensado nisso e ocupo muito tempo com esse tipo de imagens e imaginação.
Eu pinto porque sou uma mulher religiosa. (Eu acredito na eternidade.)
A pintura não congela o tempo. Ela circula e recicla o tempo como uma roda que gira.
Aqueles que foram os primeiros, podem muito bem ser os últimos.
Pintar é uma arte muito lenta. Ela não viaja à velocidade da luz.
É por isso que pintores mortos continuam a brilhar tão intensamente.
Não faz mal ser o segundo sexo. Não faz mal ser a segunda melhor. Pintar não é uma actividade progressiva.”

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