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terça-feira, 22 de junho de 2010

KENDELL GEERS

KENDELL GEERS Kendell Geers nasceu em Germiston, África do Sul, no ano de 1968, em uma família de origem afrikaner (descendentes dos colonizadores holandeses da África do Sul). Em 1988, obteve seu bacharelado em Artes pela Witwatersrand University. No mesmo ano, recusou-se a se alistar no exército sul-africano (South African Defence Force) e mudou-se para Nova York, nos Estados Unidos. Em 1990, com a libertação de Nelson Mandela da prisão, voltou para a África do Sul. Kendell Geers é muitas vezes chamado de o rebelde das artes plásticas em seu país natal, a África do Sul. Isso porque seu trabalho é sempre provocador, colocando em discussão temas como o Apartheid e outros, e principalmente questionando a condição marginal da arte em relação à discussão destes temas. Seu trabalho sai constantemente da esfera propriamente dita das artes plásticas, incorporando a sua repercussão na imprensa, as polêmicas, conflitos e até proibições como parte do próprio trabalho, discutindo os limites impostos pela nossa sociedade entre o que é “arte” e o que é “vida”. Isso faz de Geers um “artista conceitual” - que não produz obras como pinturas ou esculturas, mas trabalha idéias, conceitos e temas. Um exemplo é Guilty, exposição de 1997, quando uma grande polêmica ganhou os jornais, os protestos da comunidade afrikaner foram intensos e a exposição foi cancelada praticamente na véspera da sua inauguração. No entanto, se considerarmos que a “obra” de Geers é o processo de discussão que ele próprio desencadeia a respeito de temas como o da “culpa” possível de setores da sociedade sul-africana em relação à história do país, a sua “exposição” foi um sucesso, mesmo não acontecendo. Entre suas principais exposições individuais estão a citada Guilty, no Fort Klapperkop, em Pretoria (1998) e a exposição com edição de catálogo na ArtPace, em San Antonio, Texas (1998). Entre as coletivas, se destacam a sua participação na Quinta Bienal de la Habana, no Centro Wifredo Lam, em Havana, Cuba (1994), Aperto, XLVI Bienal de Veneza (1995) e Inclusion/Exclusion, na Kunstlerhaus, em Graz, Austria (1996). Para a sua participação na mostra em São Paulo, Geers preparou uma instalação inédita. A obra não ficou pronta a tempo de ser incluída no catálogo. O artista vive e trabalha em Joanesburgo, África do Sul. http://www2.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/vbonline/bd/index.asp?cd_entidade=39348&cd_idioma=18531 Kendell Geers é um artista plástico que questiona a nossa cultura contemporânea e o hábitos individualistas que, segundo ele, são formas de violência muito presente. Argumenta com as suas obras de arte, criando clichés fortes e presentes no nosso quotidiano. Um dos exemplos que mais me agradou foi um conjunto de fotografias de habitações e condomínios fechados onde ícones e objectos de segurança são mostrados e que incorporam imagens de grande violência. Outra a destacar é a instalação do carro incendiado em cima de uma "estrada" paralelepípedo com garrafas partidas.

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