Páginas

sábado, 18 de setembro de 2010

Qiu Anxiong

Qiu Anxiong nascido no ano de 1972 em Sichuan, China, forma-se pela Academia de Artes de Sichuan no ano de 1994. Durante essa formação mantém seu olhar direcionado, principalmente, para o ocidente, apesar de explorar técnicas de pinturas da tradição chinesa.
 Qiu mergulha nas técnicas de pintura moderna mas, não se limita a isso, funda um Clube de música underground que se torna ponto de encontro de artistas.
 Em 1998, o artista inicia um período de seis anos como aluno de pós-graduação na Universidade de Kassel, na Alemanha. O efeito de viver em um ambiente sociocultural totalmente diferente faz com que o artista, de fora de sua realidade, retome o olhar sobre a China e suas tradições e atualidades percebendo-as de um "novo" ponto de vista. Depois dessa "mudança" de olhar, o artista passa a fazer críticas severas sobre o sistema artístico chinês em defesa do patrimônio cultural do país.
 Em 2004, Qiu volta para a China, onde agora é professor da Universidade de Xangai. Somente neste momento ele se interessa pelas "novas mídias" e passa a explorá-las em seu trabalho, pois até então se limitava a trabalhar com técnicas tradicionais da arte chinesa negando técnicas ocidentais. A partir dessa volta a China e desse interesse pelas técnicas ocidentais de novas mídias a produção do artista se transforma e ele passa a explorar diversos meios (vídeo, animação 2D [feita a mão], instalações, entre outros) misturando técnicas da cultura chinesa e técnicas ocidentais, mas mantendo o contexto sociocultural chinês como o foco principal de sua produção.
 Nesse ano de 2010, Qiu participa da 29ª Bienal com o tema Arte e Política Há sempre um copo de mar para o homem navegar a obra exposta faz parte do terreiro Longe daqui aqui mesmo, e é um vídeo feito com técnicas de animação em acetato onde o artista explora signos globais e locais criando uma narrativa desesperançosa através de diferentes utopias de mundo em conflito (isso é uma interpretação pessoal não  uma verdade absoluta a obra é aberta e pode e deve receber outras inúmeras interpretações).


Biography

Qiu Anxiong

Born in Sichuan, China, 1972
1994 – Graduated from the Sichuan Art Academy, China
2003 –Graduated from Kunsthochschule of University kassel, Germany
Work and live in shanghai now.
Solo Exhibition

2010
Qiu Anxiong: New Book of Mountains and Seas - Spencer Museum of Art,  Lawrence, KS,U.S.A

2009
“Utopia”, Arken Museum of Modern Art, Copenhagen, Denmark
“Nostalgia”, 4A Gallery, Sydney, Australia

“ About ,Boers-Li Gallery, Beijing
“ Temptation of The Land”, Barbara Gros Gallery, Munich, Germany
2008

“Nostalgia”, Bund18 creative Centre, Shanghai

2007 
3rd Lianzhou International Photo Festival, Lianzhou
“Staring into Amnesia” Universal Studio, Beijing
Qiu Anxiong Exhibition, Museum of Contemporary Art Tokyo. Japan
“Minguo Landscape”, Grace Li Gallery, Zurich, Switzerland

2006
“Animation and Painting by Qiu Anxiong”, Hanart TZ Gallery, Hong Kong
Qiu Anxiong selected works, 37SECONDS PROGRAMME SEVENTEEN, Big Screen Liverpool, UK

2005
“ Decoding Time-Shredding Narratives”, mixed median exhibition, Bizart Art Center, Shanghai

2002
“Painting by Qiu Anxiong”, Hanart TZ Gallery, Hong Kong

Selected Group Exhibition:

2008
“Other”, 11th Cairo Biennale, Cairo, Egypt
Zeichen im Wandel Der Zeit, Chinese contemporary ink painting, Staatliche Kunstsammlungen Dresden, Staatliche Museen zu Berlin
Moving Horizon,UBS Art Collection, The National Art Museum of China, Beijing
5th Media Biennale Seoul, Seoul, Korea
Mediations Biennale ,Poznań, Poland
“We Are The World”, contrast gallery,Shanghai
“3 Triennial of Guangzhou, Guanghzou,China
“16 Biennale of Sydney, Sydney, Australia
“Staring into Amnesia”, Art Unlimited, Art Basel. Switzerland
“Still&Motion”, National Musem of Modern Art Osaka, Japan
“Four Season” China Fine Art Institute, Hangshou
“China Power Station Part3”, Museum d’art modern Grand-duc Jean , Luxembourg
2007
“Video Lounge”, Kunsthaus Zuerich,  Switzerland
“China Power Station Part2”, Arstrup Fearnleys Museum of Modern Art, Oslo, Norway
“Animation Painting” San Diego Museum of Art, USA
“Animated Histories”  Noga Gallery, Tel Aviv, Israel
“Chinese Ink Painting”, Guan Shanyue Museum, Shenzhen,China
“Contemporary Visual Art Project SA 2007”, The Contemporary Art Centre of South Australia, Australia
“Art Lan@Asia” Yokohama ZAIM ART CENTER, YOKOHAMA,Janpan

2006
China Independence Film Festival, Paris, France
“China Power Station” Battersea Power Station, Serpentine Gallery, London, UK
“restless”, Museum of Contemporary Art, Shanghai
6th biennial Shanghai, Shanghai Art Museum
Entry Gate: Chinese Aesthetics of  Heterogeneity  Moca Shanghai
Twelve  CCAA Contemporary Art Awards Shanghai Zhengdai Museum of Modern Art
Yellow Box- Contemporary Art in Chinese Space  Shanghai Qingpu  Xiaoximen

2005
“Gift”, Modern Art Gallery of Hangzhou Normal college
“East Wind – West Wind”, The Creek Art Center

2004
“Four Corners” Singapore Tyler Print Institute
“Exhibition of Celebrating 20 Years of Hanart TZ Gallery” Hongkong Arts Centre
“24 Artist from Germany and China”, Alexander Ochs Gallery, Beijing
“Mensa” , Alexander Ochs Gallery, Beijing

2003 
“New landscapes, New Portraits- Shen Xiaotong, Qiu Anxiong” Hanart TZ Gallery Hongkong
“From China with Art”, The Exhibition of Contemporary Chinese Painting, Galeri National Indonesia, Jakarta

2001 “Chengdu Biennial”, Chengdu, China

2000
“Tale of two Cities”, Asia Contemporary Art, London, U.K.
“The Chengdu Movement”, Canvas International Art, the Netherlands
“ The Land and See”, Hanart TZ Gallery, Hong Kong
1996 “Paintings of Chengdu”,Chengdu,China
Collection and Award
2006, Chinese Contemporary Art Award.
Collected with Museum of University Oxford, Kunst Haus Zurich, Astrup Fearnley Musum of Modern Art, Uli Sigg, Michael Sullivan, Jane DeBEVOISE. Carol Appel, Ect.





quinta-feira, 24 de junho de 2010

APICHATPONG WEERASETHAKUL


Apichatpong Weerasethakul, (Bangkok, 1970) é um realizador (diretor de cinema) do cinema independente tailandês. Criado em Khon Kaen, no nordeste da Tailândia, é licenciado em arquitetura pela Universidade de Khon Kaen e obteve um mestrado em Belas Artes na School of the Art Institute de Chicago. Em 1999 fundou Kick the Machine, uma companhia que se dedica ao fomento do cinema experimental e independente.

O seu filme Lung Boonmee raluek chat (em inglês Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives, que quer dizer O Tio Boonmee, que Recorda as Suas Vidas Passadas) foi galardoado com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes de 2010[1].

Além de se acostumar com o nome quase impronunciável do diretor, o público que quiser se familiarizar com os filmes do tailandês precisa saber que não encontrará neles o mesmo padrão estético e narrativo confortável que se vê em Hollywood - o que não significa, claro, que seus longas sejam inferiores ao cinemão a que estamos acostumados.

"O que tento fazer é apresentar um tipo diferente de cinema, que força os limites, que desafia as plateias a pensar nas possibilidades que o cinema é capaz de trazer", disse o diretor em entrevista coletiva logo após a entrega da Palma de Ouro em Cannes.

"Sinto que aqui, nos Estados Unidos, na Tailândia e até no Cambódia estamos rendidos a uma monocultura que obedece a uma mesma lógica de narrativa e impede uma minoria cultural de expressar o seu próprio modo de fazer as coisas. Vejo o cinema como um dos componentes que pode forçar o entendimento dessas diferenças na cultura", concluiu.

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/05/apichatpong-weerasethakul-propoe-um-cinema-sem-limites.html

wikipedia.org/wiki/Apichatpong_Weerasethakul

http://www.youtube.com/watch?v=zIK3ctC1DP0

Antonio Manuel



Antonio Manuel (Avelãs de Caminho, Portugal, 1947). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Antonio Manuel nasce em Portugal e vem para o Brasil em 1953, fixando-se no Rio de Janeiro. O artista possui uma obra que alia, de maneira singular, um forte acento político sem perder de vista as investigações estéticas. No início da carreira, usa o jornal como suporte de seus trabalhos. Realizando interferências com tinta nanquim, anula algumas notícias ou imagens, acrescenta ou ilumina outras. Cria uma série de jornais abordando temas políticos, como o movimento estudantil de 1968, ou ligados a discussões estéticas e poéticas. Em 1970, Antonio Manuel propõe o próprio corpo como obra, no Salão de Arte Moderna, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. A proposta é recusada pelo júri. Na noite da abertura da exposição, o artista apresenta ao público seu corpo nu. Segundo o artista, com O Corpo É a Obra, a idéia é questionar os critérios de seleção e julgamento das obras de arte. O ato passa a ter o caráter de protesto contra o sistema político, artístico e social em vigor. Sobre a performance, o crítico Mário Pedrosa escreve que o artista faz “o exercício experimental da liberdade”. De lá para cá, a pintura passa a fazer cada vez mais parte de sua obra.

Em 2000, expôs na Fundação Serralves, Porto, Portugal. Em 2007, o CCBB de São Paulo abriga um grande mostra do artista, intitulada “Fatos”, com curadoria de Paulo Venâncio Filho.

No início da carreira, usa o jornal como suporte de seus trabalhos. Realizando interferências com tinta nanquim, anula algumas notícias ou imagens, acrescenta ou ilumina outras. Passa, em seguida, a utilizar o flan - cartão plastificado em relevo, que é a matriz para a impressão de jornais. Chega a elaborar os próprios flans, inventando as notícias; e os jornais impressos são distribuídos nas bancas, como se fossem autênticos. Cria uma série de jornais abordando temas políticos, como o movimento estudantil de 1968, ou ligados a discussões estéticas e poéticas.

Em 1968, na exposição Apocalipopótese, realizada no Aterro do Flamengo, cuja proposta, idealizada por Hélio Oiticica (1937 - 1980) e Rogério Duarte, era ser uma experiência coletiva de arte, Antonio Manuel apresenta as Urnas Quentes - caixas de madeira fechadas e lacradas, que deveriam ser arrebentadas pelo público, para que pudesse ser conhecido seu conteúdo. Nas caixas o artista coloca textos referentes a situações políticas ou estéticas ao lado de imagens relacionadas à violência, recortadas de jornais. Como em outros trabalhos do período, o evento convida à participação do espectador, que passa a ser co-realizador da obra. Esses trabalhos relacionam-se a um contexto de repressão política e de censura aos meios de comunicação.

Em 1970, Antonio Manuel propõe o próprio corpo como obra, no Salão de Arte Moderna, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. A proposta é recusada pelo júri. Na noite da abertura da exposição, o artista apresenta ao público seu corpo nu. Segundo o artista, com O Corpo É a Obra, a idéia é questionar os critérios de seleção e julgamento das obras de arte. O ato passa a ter o caráter de protesto contra o sistema político, artístico e social em vigor. Sobre a performance, o crítico Mário Pedrosa escreve que o artista faz "o exercício experimental da liberdade". A partir desse momento, seu interesse centra-se na questão do corpo e seus sentidos.

Antonio Manuel realiza vários filmes de curta-metragem, como Loucura & Cultura (1973) e Arte Hoje (1976). Desde a década de 1980, dedica-se à pintura em acrílico e realiza telas de caráter geométrico-abstrato, em que explora a sugestão de labirinto. Em 1994, apresenta a primeira versão da instalação Fantasma, um espaço repleto de carvões, suspensos por fios de nylon que parecem flutuar no espaço da galeria. O público é convidado a percorrer o espaço, podendo ser tocado ou marcado pelas peças de carvão. Segundo o artista, a fotografia que integra a exposição é de um personagem real que, ao ter sua imagem divulgada pela imprensa como testemunha de um crime, passa a viver escondido, perdendo sua identidade. Com utilização de várias formas de expressão, a obra de Antonio Manuel traz um caráter de inquietude e de constante reflexão sobre o contexto social e político brasileiro.

No CCBB de São Paulo,
Fatos de Antonio Manuel faz
revisão histórica do Brasil


O Centro Cultural Banco do Brasil, de São Paulo não poderia comemorar melhor seus 6 anos de atuação na cidade com a mostra Fatos, de Antonio Manuel. Com essa exposição, que ocupa os três andares do edifício, o CCBB apresenta 70 obras do artista produzidas de 1960 até os dias atuais. Para Marcos Mantoan, diretor do CCBB de São Paulo, através das obras do artista pode-se fazer uma revisão da história recente do país.
Com curadoria de Paulo Venancio Filho, a mostra apresenta um trabalho produzido nos mais variados suportes que acompanham os 40 anos de produção do artista. Entre os trabalhos, há uma instalação inédita realizada especialmente para ocupar o espaço da rotunda (na entrada do edifício), uma nova versão de Vagalume (1980), e a construção de uma série de Muros criada para dialogar com a arquitetura do espaço. Também, pela primeira vez, será apresentado o conjunto integral dos Flans (1968-1975) – feitos a partir destas matrizes de jornal utilizadas no processo de impressão – que realizado em um período de intenso autoritarismo político deu origem a uma importante obra manifesto contra a repressão: trazia a tona materiais censurados e por vezes, fundia notícias paralelas à impressão original do jornal (projeto clandestinas). Além disto, estão presentes trabalhos fundamentais como Corpobra (1970), Soy Loco por Ti (1969), Repressão outra vez – eis o saldo (1968), Frutos do espaço (1980) e uma seleção de pinturas realizadas desde o início dos anos 80 até hoje, mostrando a originalidade e pluralidade dos meios e a diversidade poética da obra.


A obra de Antonio Manuel atravessa um período decisivo e crítico da arte brasileira recente. Ao final dos anos 60, escreve Paulo Venancio Filho, ele está próximo das radicais experiências de Hélio Oiticica, de quem foi grande amigo, Lygia Clark e Lygia Pape; pesquisas que promoviam a participação do espectador, a expansão da sensorialidade e a desintegração da obra de arte. Com o endurecimento do regime militar, nos anos 70, seu trabalho vai procurar outras formas de expressão artísticas, como performances e instalações, manifestando sempre uma energia libertária e antiautoritária. A partir dos anos 80, se dedica a uma releitura absolutamente original do espaço pictórico construtivo/neoconcreto e realiza uma de suas mais admiradas instalações intitulada Fantasma (1995): trágica e poética homenagem às anônimas vítimas da violência urbana do Rio de Janeiro, apresentada na Bienal de São Paulo, em 98, e no Jeu de Paume em Paris, em 98/99.


“Rompendo como os limites institucionais da arte, postulando uma estratégia de vanguarda ao tomar a ação artística como fator de transformação social – herança, em parte, da tradição construtiva a qual emprestou conteúdos explosivos – Antonio Manuel desenvolve uma produção original, que inclui objetos, performances, manifestações ambientais, filmes e gestos inovadores radicais como O Corpo é obra”, escreve Paulo Venancio Filho. Prossegue, “a extraordinária pintura que o artista desenvolve a partir dos anos 1980 articula elementos das linguagens geométricas, modulando ritmos complexos e paradoxais de linhas e saturações cromáticas”.

Nascido em Avelãs de Caminho, Portugal - onde ganhou uma grande retrospectiva, no Museu Serralves (2000) –, Antonio Manuel chega ao Brasil em 1953. Começa a expor ainda muito jovem, aos 18 anos. Ao final dos anos 60 torna-se figura significativa do ambiente artístico do Rio de Janeiro, representando um decisivo elo de passagem entre os trabalhos de Hélio Oiticica e Lygia Clark e o traumático ambiente cultural e político dos anos 70. Hoje, Antonio Manuel tem seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior, sendo a sua mais recente grande exposição realizada no Chipre, em 2005. “A poética construtiva, a contestação política, o corpo como suporte da obra, o imaginário cotidiano da mídia são os dados iniciais que seu trabalho articula e elabora”, completa o curador.






Fantasma, de Antonio Manuel, 1998 – Bienal SP


http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/

http://alerib.wordpress.com/2007/11/20/

http://www.cultura.gov.br/brasil_arte_contemporanea/?page_id=154

http://www.coresprimarias.com.br/ed_9/antonio_manuel_p.php